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Pai é morto ao tentar proteger filho com transtorno mental que apanhava na rua

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Caso aconteceu em Palmeira, no Paraná. Atirador disse à polícia que intenção era apenas ‘assustar’. Defesa diz que ele agiu em legítima defesa.

Jovildo Guedes de Carvalho, um pedreiro de 52 anos, foi fatalmente baleado ao tentar proteger seu filho de 22 anos de uma agressão em frente à sua residência em Palmeira, nos Campos Gerais do Paraná.

O incidente ocorreu após o filho enviar uma foto íntima para uma mulher sem saber que ela era comprometida.

De acordo com o delegado Rodrigo Siqueira, responsável pelo caso, o filho de Jovildo, que possui transtornos psicológicos, enviou a foto para a mulher, cujo namorado viu a mensagem e marcou um encontro com o jovem. Ao chegar ao local, o namorado agrediu o jovem com “coronhadas”.

O pai, ao ver a situação, tentou defender o filho e acabou sendo baleado pelo namorado da mulher. Ele foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos no tórax.

Segundo o relato da mãe, o jovem tem déficit de atenção e talvez transtorno do espectro autista, ainda não diagnosticado. Ele enviou uma mensagem de cunho íntimo, uma foto íntima dele para a namorada do investigado, que tinha total o ao telefone da namorada. Ele visualizou essa mensagem e marcou um encontro com esse rapaz. Chegando lá, ele chamou o rapaz para a rua, na frente da casa, e já iniciou com agressões, com pancadas na cabeça”, explica Rodrigo Siqueira.

Mulher e suspeito afirmam que não conheciam o jovem. À polícia, a mulher que recebeu a mensagem do jovem e o namorado dela disseram que não conheciam a vítima e o filho dele.

Segundo o delegado, o filho de Jovildo seguia a mulher nas redes sociais e conseguiu o contato dela na internet.

À polícia, o atirador disse que não tinha a intenção de cometer homicídio e negou ter usado a arma para agredir o jovem, diz o delegado.

“No interrogatório, ele disse que a ideia era apenas ‘assustar’ a vítima, e não matar. […] Em imagens de câmera de segurança, dá pra ver que ele utiliza a arma pra golpear a cabeça do do jovem. Ele nega isso, no entanto, o jovem de 22 anos, inclusive, teve que levar alguns pontos na cabeça”, detalha.

Suspeito fugiu após o crime

Após o crime, o suspeito fugiu, mas foi identificado pela polícia. Sua advogada entrou em contato com a delegacia e ele prestou depoimento por videoconferência, confirmando os fatos, mas alegando que não tinha intenção de matar Jovildo.

O caso ocorreu na tarde de domingo (16), por volta das 17h30. O suspeito deve responder por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo e lesão corporal. A defesa do investigado alega legítima defesa. “Se ele não estivesse armado, certamente hoje seria ele quem estaria morto”, afirma a advogada Renata Moreira.

Jovildo Guedes de Carvalho foi sepultado na terça-feira (18) e deixa esposa e dois filhos.